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12/18/2010

OS PASTORINHOS DE SANTA BÁRBARA - PARTE VI

A 2ª INCURSÃO
A exploração

Fósseis do período jurássico, sepultamentos do período neolítico e fiança do século XVI não foram coisa que se encontrasse no local, tão-somente umas enxurradas de terra, que ao longo dos tempos têm encontrado encosto naquelas antiquíssimas ruínas. Limpo o local de alguma vegetação avulsa que impossibilitava o reconhecimento do espaço, fez-se um tosco levantamento visual do espaço e das suas medidas.
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Esquiços da ruína por dois dos elementos do grupo feitos em Junho

O edifício é composto por dois espaços comunicantes, um interior e outro que parece ser aberto com alpendre, já destituído das colunas que o suportariam.
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Apesar de não se ter revolvido as terras do interior dos espaços do edifício, conseguiram perceber que debaixo desse metro de terra, escondia-se um lajeado de boa pedra. Tanto o espaço interior como o exterior eram dotados de cobertura de telha vermelha, possível verificar pela existência de algumas que espreitavam por entre as terras nas quais se haviam afundado.
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A entrada para o recinto exterior, através do qual se teria acesso ao compartimento interior, devia ser de acesso por meio de uma escadaria frontal, da qual já não subsistem vestígios. O declive à frente é muito acentuado pelo que é natural que essa escada tenha desaparecido colina abaixo.
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Visto terem encontrado o que parece ser um caminho antigo, que confina com o lado esquerdo do edifício, leva-os a pensar que poderia existir mais que um caminho de acesso ao local. Caminho esse que não é possível percorrer senão uns poucos metros, visto estar demasiado arborizado por vegetação bravia.
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Não são especialistas no tema, nem têm aspirações a tal, pelo que ficam aqui algumas fotos que podem ajudar-vos a ilustrar o descrito. Todavia está longe da percepção que se tem no próprio local, visto não existir ângulo suficiente para tirar fotos suficientemente elucidativas do complexo por inteiro.


Parte de cima da ruina
A porta para o segundo compartimento – O muro de suporte do recinto
 exterior e começo da escadaria
Voltron nas medições do local – Degraconis com uma telha recolhida nos escombros
O lageado do recinto exterior – Caminho lateral de acesso
Muro exterior e interior da ruína
A ruína está como que encastrada na colina

Visto de uma cota inferior. A escadaria, a existir, entroncaria
 nesta abertura do muro.
  
Não sendo estes “pastores” entendidos na matéria, mas dotados de uma vontade Gualdiana em “(re)descobrir Tomar”, procuram no concelho pelo paradeiro de construções semelhantes. Apesar de terem encontrado edifícios arruinados de construção aparentada, quanto aos materiais usados, não se conseguiu calcular de que data. Não esmorecendo nessa incansável tarefa, acabaram por identificar uma antiquíssima casa muito semelhante, quer na forma de aparelhagem da pedra, quer nos materiais usados, e este datado. Poderá o pardieiro encontrado ser do mesmo século?

Trata-se da Casa da Água nos Brazões que faz parte do sistema hidráulico do aqueduto dos Pegões, também designado por casa da Porta de Ferro, uma construção de 1610, com abóbada de berço e um engenhoso sistema de repartição das águas que actualmente está num estado miserável.
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Mãe-d'água da Porta de Ferro, nos Brasões (Edifício de 1610)

Aqueduto de traça do aqueduto Felippo Terzi (1584), arquitecto-mor do reino.
O aqueduto estende-se ao longo de cerca de 6 quilómetros, sendo composto
por um total de 180 arcos de volta perfeita

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Tomar Lendário

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